quinta-feira, 26 de julho de 2018

Dia 15 de Outubro de 2017





E assim começou o pior dia do ano para nós.















































Ainda dia e parecia noite.













E de repente ele surgiu ali no meio do nada



 Sem luz, sem água, só nos restava fugir. Fomos para a vila que durante a noite esteve cercada de fogo por todos os lados. Só muito depois pensámos que podia ter desaparecido nas chamas. Os bombeiros não tinham água, outros não podiam passar e estavam também eles a lutar. Quando estava no Centro de Saúde entrou pelo seu pé com a pele tal fato rasgado a olhar com um ar petrificante para nós com a dor, uma das primeiras vítimas mortais. Os Bombeiros desesperavam para conseguir um acesso para um Hospital porque o filho estava ele também gravemente queimado. Quem conseguirá esquecer isto?
A casa? Estaria de pé ou teria ardido? Era uma coisa que perdeu importância perante toda a catástrofe, estávamos vivos! Os cães estavam connosco, foi esperar no carro pelo dia e pela ordem de regressar. Estranhamente viemos a saber que o pároco negou abrir a igreja para as pessoas se refugiarem num ambiente fresco.
Ao regressar o que vimos era inacreditável, um cenário de guerra dos vistos nos filmes. Mas este era real! Horas depois o Clube Recreativo ardia.
Nunca mais a vida será a mesma, há traumas que não se apagam...
















Depois...
O cheiro sobretudo ao cair da noite, o fumo que continuava a sair das raízes que ardiam debaixo de terra, o horror.















Uma dança macabra















Talvez a sorte da aldeia ter resistido se deva ao facto de em Agosto uma parte ter ardido.





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